domingo, setembro 02, 2007

Espelho...

Às vezes passo tanto tempo a olhar-me no espelho,
que começo a acreditar que a minha alma está do outo lado...

Estou a olhar para o espelho,
Não sei quanto tempo passou
Acho que o tempo parou para sempre
Ou avançou décadas sem me aperceber…
Sinto vontade de voltar, sinto saudades do passado.
Como vim a ser o que sou? Essa é a questão
Esqueci-me o que poderia responder.
Quando algo como uma alma se transforma
O que resta a fazer, é correr sem parar,
E nunca deixar o tempo acabar.
Não posso contar com certas pessoas,
Menos acreditar nas palavras delas…
E enquanto me fecho para dentro,
Descrevendo o que sinto…
O meu olhar se transforma em desprezo,
Na paz do meu sentimento.
Porque estou eu a olhar para este espelho?
Não sei quanto tempo mais irei olhar,
Tudo o que eu sei ficará guardado para sempre,
Na escuridão deste pensamento, desta alma,
Cujo o amor derrubou e que ninguém poderá curar.
Sinto vontade de voltar, sinto vontade de evaporar.
O quanto é real este sentimento?
Quando o pensamento vem do coração?
Antes de terminar e de desligar,
Quero relembrar que tudo isto é apenas um cenário,
Uma imaginação vinda do coração.
Lembrem-se que sou tão diferente do que viram ou sentiram.
Vocês são apenas as estrelas que iluminam as minhas noites,
As estrelas que me acompanham nos meus dias,
Elas brilham em noite de escuridão,
E nas minhas noites longas de solidão.
Sílvia.